segunda-feira, 18 de abril de 2016

Guerra

Tempo



Atualmente meu tempo está um pouco, ou melhor, muito comprometido. Muitas tarefas, além de alguns cursos que se estenderão até Maio. 

Com isso o blog ficará menos ativo, porém com algumas pinceladas. 

Não será possível atualizá-lo diariamente, mas ainda tentarei publicar os textos que gosto de ler, as receitas que gosto de fazer, etc, porém com menos frequência.

Por enquanto as frases continuam diariamente.

Para ilustrar o tempo em nossas vidas apresento o texto abaixo. 


Tempo para tudo

Tudo neste mundo tem o seu tempo;
cada coisa tem a sua ocasião.
Há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar;
tempo de guerra e tempo de paz.



Fonte: Bíblia, Eclesiastes Capítulo 3 Versículos 1 a 8

sábado, 16 de abril de 2016

Água Doce

O Amor é uma Companhia


O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.


Alberto Caeiro

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Liberdade

A Trilha do Bezerro




Após cruzar florestas virgens,
Como fazem os bons bezerros
Um bezerro retornou para casa;
Mas uma sinuosa trilha seu rastro deixou
Como todos os bezerros deixam.
Trezentos anos se passaram desde então,
O bezerro está morto, eu acredito.
Mas seu rastro ainda permanece,
E a moral da história está aí.

No dia seguinte o rastro farejado foi
Por um cão solitário que por ali passou;
Então o sábio vaqueiro
Seguindo a trilha por vales e estepes,
Trouxe o rebanho atrás de si,
Como os bons vaqueiros fazem.
E desde então surgiu grande clareira na mata,
Pela velha floresta surge um caminho.

E muitos homens por ela foram e voltaram
E alargaram, arrumaram, ampliaram.
E proferiram palavras de justa ira
Por ser tortuoso tal caminho.
Mas mesmo a contragosto ainda o trilharam,
A primeira trilha daquele bezerro,
Por entre árvores e entre espinhos ficou sinuosa
Pois cambaleava enquanto caminhava.

Este caminho na floresta virou rua,
Que curva, vira e curva novamente;
Esta rua torta virou estrada
De pobres cavalos com suas cargas
Labutando sob o ardente sol
Numa viajem de três milhas e meia.
E assim por um século e um meio
Seguiram nos passos daquele bezerro.

Os anos voaram velozes,
A estrada virou rua de aldeia;
E antes que os homens dessem conta,
Virou avenida congestionada da cidade;
E logo rua central de uma metrópole renomada;
E homens há dois séculos e um meio andaram
Na trilha de um bezerro. a cada dia cem mil
Pessoas seguem o cambaleio do bezerro;

Tal tortuosa jornada vira rota de continente.
Por onde passam cem mil homens
Passou um bezerro, morto há trezentos anos.
E eles ainda seguem o caminho tortuoso,
E perdem cem anos por dia;
E assim prestam tamanha reverência
A tão bem firmado precedente.
A lição moral que isto ensina por mim é pregada;

Os homens são propensos a seguirem cegos
Ao longo das trilhas dos bezerros da mente.
E a trabalhar dia a dia, sol a sol.
Para fazer o que outros homens fizeram.
Eles seguem no rastro batido,
Pela beira e pelo meio, para frente e para trás.
Permanecendo ainda em seus tortuosos caminhos,
Mantendo o caminho que outros fizeram,

Eles fizeram do caminho uma trilha sagrada,
Ao longo do qual suas vidas se movem.
Como sorri o velho sábio deus da floresta,
Ele que viu o primeiro bezerro passar!
Ah! Muitas coisas este conto poderia ensinar -
Mas não sou ordenado para pregar.
- Sam Walter Foss




Fonte: http://www.midiaindependente.org/

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Felicidade

Corpo Humano



  • O corpo de um adulto possui 206 ossos. Porém, um recém-nascido possui 300 ossos.


  • Através do suor, urina e respiração um ser humano adulto elimina até três litros de água por dia.


  • O intestino delgado mede de 6 a 9 metros. O intestino grosso tem 1,5 metro, mas é três vezes mais largo.


  • O suor não tem odor. São as bactéria da pele que criam o cheiro.


  • Se dormirmos, em média, 8 horas por dia, aos 40 anos teremos dormido 13 anos.




Fonte: ABPH Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite  
 http://www.hepatite.org.br/

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Estrelas

Brigadeiro de Maracujá



Ingredientes

1 lata de leite condensado
1 gema peneirada
3 colheres (sopa) de suco/polpa de maracujá
  
Modo de Fazer

Levar ao fogo o leite condensado e a gema para dar o ponto. Retirar do fogo e acrescentar o suco/polpa de maracujá e continuar mexendo até incorporar. Deixar esfriar e levar a geladeira.  Depois de frio enrolar os brigadeiros e cobrir com chocolate branco, confete ou flocos de coco. Também pode distribuir em potinhos ao invés de enrolar.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Eu sou eu

O Cervo e o Leão


Bebia um Cervo em um riacho quando viu seu reflexo na água. Observou suas pernas finas e achou-as muito feias, enquanto que considerou a galhada de seus chifres muito bonita e formosa.

Quando saía dali, surgiu um Leão que começou a persegui-lo. Com os pés, que havia desprezado, ganhava velocidade e com isso distância de seu perseguidor.

Com os chifres, entretanto, se enroscava nos ramos das árvores, o que diminuía sua vantagem. Enquanto corria, pensava:


- Como fui bobo, desprezando o que me é mais importante e elogiando o que pra mim tem menos valor.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

O homem

A Vida e a Morte



O que é a vida e a morte
Aquela infernal inimiga
A vida é o sorriso
E a morte da vida a guarida

A morte tem os desgostos
A vida tem os felizes
A cova tem a tristeza
E a vida tem as raízes

A vida e a morte são
O sorriso lisonjeiro
E o amor tem o navio
E o navio o marinheiro


Florbela Espanca

sábado, 9 de abril de 2016

Ousar

Louco


Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre,
Aproxima-se mais à essência etérea.

Achou pequeno o cérebro que o tinha:
Suas idéias não cabiam nele;
Seu corpo é que lutou contra sua alma,
E nessa luta foi vencido aquele,

Foi uma repulsão de dois contrários:
Foi um duelo, na verdade, insano:
Foi um choque de agentes poderosos:
Foi o divino a combater com o humano.

Agora está mais livre. Algum atilho
Soltou-se-lhe o nó da inteligência;
Quebrou-se o anel dessa prisão de carne,
Entrou agora em sua própria essência.

Agora é mais espírito que corpo:
Agora é mais um ente lá de cima;
É mais, é mais que um homem vão de barro:
É um anjo de Deus, que Deus anima.

Agora, sim - o espírito mais livre
Pode subir às regiões supernas:
Pode, ao descer, anunciar aos homens
As palavras de Deus, também eternas.

E vós, almas terrenas, que a matéria
Os sufocou ou reduziu a pouco,
Não lhe entendeis, por isso, as frases santas.
E zombando o chamais, portanto: - um louco!

Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre.
Aproxima-se mais à essência etérea.



Junqueira Freire

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Vícios

Humanidade




Devemos nos lembrar que Deus quer que tenhamos determinados desejos e determinados prazeres. Não podemos viver na verdade se suspeitarmos automaticamente de todos os desejos e de todos os prazeres. Aceitar nossa condição humana é humildade, rejeitá-la é orgulho.

O Barão Friederich Von Hegel, em uma de sua cartas, descreve W. G. Ward (“O Ward Ideal”) como “uma alma ansiosa, parcial, grandiosa, injusta, embora não tenha esta intenção”, que, em seu leito de morte, viu o erro de sua vida – tinha exigido sempre que todos fossem como ele!

Esta é a raiz da falta de humanidade!

Thomas Merton

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Pobreza

O Galo e a Pérola



Um galo, que ciscava no terreiro para encontrar alimento, fossem migalhas, ou bichinhos para comer, acabou encontrando uma pérola preciosa. Após observar sua beleza por um instante, disse:

- Ó linda e preciosa pedra, que reluz seja com o sol, seja com a lua, ainda que esteja num lugar sujo, se te encontrasse um humano, fosse ele um construtor de jóias, uma dama que gostasse de enfeites, ou mesmo um mercenário, te recolherias com muita alegria, mas a mim de nada prestas pois que é mais importante uma migalha, um verme, ou um grão que sirvam para o sustento.


Dito isto, a deixou e seguiu esgravatando para buscar conveniente mantimento.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Dor

Coquetel de Cenoura e Laranja


Ingredientes

100ml de iogurte natural
100ml de suco de cenoura
100ml de suco de laranja
1 colher (chá) de suco de limão
Mel à gosto

Modo de fazer

Bater todos os ingredientes no liquidificador.


terça-feira, 5 de abril de 2016

Verdade

Limitações do Ser Humano




As limitações intelectuais do homem diante do mistério do universo e de seu próprio mistério metafísico são totais e simples de explicar, comparando-se-as com a limitação dos outros animais, que o homem aceita e compreende (porque seu orgulho não está em jogo). 

Um cão, um gato, até mesmo uma formiga ou uma pulga podem apreender determinados fenômenos, coordená-los, imitá-los e repeti-los. Mas você não ensina uma pulga a nadar, assim como você jamais fará com que um cão leia um jornal, embora possa facilmente ensinar o cão a ir buscar o jornal na porta. Da mesma forma o homem, capaz de entender inúmeros problemas (isto é, de ir buscar o seu jornal metafísico), jamais conseguirá saber de onde veio, para onde vai e o que faz aqui. E, se você mandar que imagine o infinito, ele não consegue porque sempre acaba imaginando uma abóboda imensa (a do céu) que, naturalmente, tem um outro lado. 

Mas se, ao contrário, você quiser que ele imagine o finito, ele também não consegue porque acaba limitando toda sua imaginação com uma abóboda, aliás a mesma. E porque tem o cérebro limitado como o de qualquer outro animal, o homem se apavora diante da morte, sem saber que esta é apenas uma promoção intelectual saudada com uma gargalhada. 

Ao morrer, o homem, subitamente untado com uma inteligência superior (matéria pura), bate na testa (inexistente), percebe que o pesadelo era aqui e não lá, que, na verdade, agora é que ele está vivo, e exclama às gargalhadas; "Mas, era isso?" (Conversa com Alçada Baptista, Romancista Português.1968)





Fonte: Do livro, “O livro vermelho dos pensamentos”, de Millôr Fernandes

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Medo

Aspiração


Meus dias vão correndo vagarosos
Sem prazer e sem dor, e até parece
Que o foco interior já desfalece
E vacila com raios duvidosos.

É bela a vida e os anos são formosos,
E nunca ao peito amante o amor falece...
Mas, se a beleza aqui nos aparece,
Logo outra lembra de mais puros gosos.

Minh'alma, ó Deus! a outros céus aspira:
Se um momento a prendeu mortal beleza,
É pela eterna pátria que suspira...

Porém do presentir dá-me a certeza.
Dá-ma! e sereno, embora a dor me fira,
Eu sempre bendirei esta tristeza!


Antero de Quental

sábado, 2 de abril de 2016

Eternidade

Molho Branco




Proporções para Molho Branco

Rende 1 xícara de molho

Molho ralo:
1 colher de sopa de manteiga, 1 colher de sopa de farinha de trigo, 1 xícara de leite

Molho médio:
2 colheres de sopa de manteiga,2 colheres de sopa de farinha de trigo, 1 xícara de leite

Molho grosso:
3 colheres de sopa de manteiga,3 colheres de sopa de farinha de trigo, 1 xícara de leite


Modo de Fazer


Derreter a manteiga, Acrescentar farinha enquanto mistura com o fouet, juntar o leite morno aos pouco, deixar ferver. Acrescentar sal, pimenta branca e noz moscada à gosto.


Caso empelote, bater no liquidificador.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Movimento

Soneto


Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? Agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.

Que saudades de amor na aurora do teu rosto!
Que horizonte de fé, no olhar tranquilo e garço!
Nunca mais me lembrei se era no mês de agosto,
Setembro, outubro, abril, maio, janeiro, ou março.

Encontrei-te. Depois... depois tudo se some
Desfaz-se o teu olhar em nuvens de ouro e poeira.
Era o dia... Que importa o dia, um simples nome?

Ou sábado sem luz, domingo sem conforto,
Segunda, terça ou quarta, ou quinta ou sexta-feira,
Brilhasse o sol que importa? ou fosse o luar já morto?


Alphonsus de Guimaraens